Falar de Cipotânea, que comemora trezentos anos, não é fácil. Primeiro, é que vivi na roça, na Brejaúba até meus onze anos, quando fui para Barbacena. Aos vinte anos, aportei-me em São Paulo. Com isso, Cipotânea foi ficando mais distante de mim. Passei mais de vinte anos sem dar as caras por aquelas bandas: Paciência, Jabuticaba, Barretos e Vaivém. Em Vaivém fui criado pelos meus avós maternos: Inácia Arantes e Chico Afonso. Lá tive uma infância humilde mas, muito agitada. Lembro-me de algumas pessoas que viviam em Cipotânea durante a minha infância:
Wernek, professor de música e alfaiate. Ele era casado com Bilica, filha de João Arantes. Por tanto, Bilica era minha prima em segundo grau. Minha avó freqüentava muito o casarão do Wernek. Lá havia uma enorme biblioteca. Para mim, aquilo era fantástico, embora nunca tive a oportunidade de ler um livro daquela biblioteca sequer e também eu não sabia ler adequadamente naquele período. O casal sempre recebia a nossa visita para um almoço ou mesmo um café da tarde reforçado. O Wernek confeccionava os ternos mais estilosos, que várias figuras da sociedade xopotoense vestiam: políticos, intelectuais, fazendeiros, etc.
Outra figura marcante foi o Padre Argemiro de Carvalho. Foi ele quem construiu a atual Igreja de São Caetano. Padre Argemiro foi meu primeiro confessor. Isso mesmo: a confissão preparatória para minha primeira comunhão. Ele era irmão de José Inácio de Carvalho, farmacêutico local e primeiro Prefeito de Cipotânea. Na cidade não tinha hospital, não havia médico. Zé Inácio era nosso médico. Ele cuidava de todos com muita atenção. Com muita paciência saía a qualquer hora do dia ou da noite. Montado naquele cavalo, quase inseparável, ia atender a quem precisasse. Não havia distância para ele. Lembro-me de certa vez, já era noite e meu tio Ieié saiu em busca de Zé Inácio. Meu avô Chico Afonso estava muito mal, com uma infecção urinária. Meu avô, coitado, urrava de dor na hora da micção. Depois de quase uma hora cavalgando em cavalo emprestado de Sodé Arantes, Ieié chegou a Xopotó. Lá encontrou Zé Inácio em seu laboratório, vestido de guarda-pó como se já estivesse esperando por algum chamado de urgência. Ele pegou o cavalo baio e, foi a Vaivém atender o Chico Afonso. Zé Inácio e em seguida aplicou uma injeção e medicou alguns comprimidos. Em pouco mais de meia hora, Chico Afonso já se sentia aliviado. Zé Inácio era uma pessoa muito generosa. Não havia problema algum com aqueles que não tinham condições de pagar consulta ou medicação. O nosso farmacêutico atendia a todos sem distinção.
Cipotânea é uma cidade que deu vários filhos ilustres para este Brasil: muitos Padres, Bispos, Médicos, Escritores, etc. Não conheci pessoalmente muitas pessoas ilustres da terra, embora não posso esquecer de citar aqui o Dr. Geraldo Barroso de Carvalho e seu irmão Luis Barroso de Carvalho, filhos de José Inácio. Luis foi farmacêutico, assim como seu pai José Inácio. Quanto ao Dr. Geraldo Barroso, de quem tenho enorme prazer de ser amigo, além de um grande médico é um excelente escritor. Já publicou diversos livros e continua a escrever.
Bem, em trezentos anos da cidade de Cipotânea, deve haver muitos casos e fatos importantes e pitorescos. Mas fico por aqui na expectativa de conhecer ainda muito sobre a cidade que muitos e eu amamos.
Nezito Pereira dos Reis http://www.nezitoreis.com
Que o Senhor Também foi o primeiro prefeito de Cipotânea? Como foi na época ser o primeiro prefeito? Tinha muito serviço?
Você perguntou muito bem, sabe. O negocio foi seguinte aqui era dominado por Alto Rio Doce, aqui era distrito. Eu era doido para emancipar. Nesta época eu já estava homem casado e tinha filho. Foi eleito para governador do estado Jose Francisco Bias fortes. Então eu era do partido dele, o PSD e aqui era a UDN. Aí quando nós combinamos fomos lá para pedirmos a emancipação de Cipotanea eu fui da frente. Então pelejamos aí nós fomos e quando chegamos lá, aí eles disseram que Cipotanea tem pouca gente ainda para ser cidade, poucas casas, por enquanto ainda não pode não. Ai voltou sem isso, mas depois de três meses voltamos lá outra juntando com os padres, seminaristas, bispos e o padre Argemiro na frente e eu fomos falar de novo com o governador no palácio da liberdade em BH. Lá tinha uma salinha gente que ficava atendendo ele passou e perguntou: o que vocês estão arranjando fazendo? Aí respondemos, estamos aqui de novo e nós queremos a emancipação d e cipotanea… Ele falou. para o PE. Argemiro vai cuidar da sua paróquia e dá sossego né. O PE. Em vez de falar mal ele ou falar qualquer coisa ele disse, o Senhor Quer ver nós aqui gente aqui sempre, você quer ver a gente aqui de vez em quando. Agora viemos diariamente. Aí o governador deu uma risada e não falou nada. Aí nós viemos e depois de alguns dias falou da emancipação. Depois de mais ou menos oito dias mandou falar da emancipação, marcou o dia certo e veio a emancipação.
Apresentamos aqui na nossa página cultural UAI com alguns poemas que eu chamaria de sabedoria popular dos românticos. Aí vai parte alguns que apresentamos como UAI, união, amor, inteligência.
Sonetos do Primeiro Amor
Há certas coisas no mundo
Que muito nos sensibilizam
Ou porque nos ferem profundo
Ou então porque tranqüilizam
De tudo aquilo que vemos
Alguma coisa há de ficar
Prá que depois relembremos
Tendo assim o que contar
Quem não se lembra do lago
Ou de um campo de pelada
Que sempre trazia com afago
Na manhã de sua jornada
Assim também nos lembramos
De nosso primeiro amor
Que bem distante deixamos
Trazendo apenas calor.
Uma mensagem a todos os membros de MOVIMENTO MARINA SILVA
Você aceita um desafio?
Nesta semana estamos convocando todos do Movimento ao desafio
de dobrarmos de tamanho.
Hoje chegamos a 17 mil pessoas conectadas ao movimento, gente que acredita em um novo jeito de
fazer política e quer construir um Brasil sustentável e democrático. E
assim como Marina cresce a cada pesquisa, nosso movimento cresce a cada
dia, a cada hora, a cada minuto. Enquanto a velha
política se esgota, nós podemos – e devemos – ousar.
A meta é dobrar de tamanho em uma semana. E você contribui com o ato
singelo de trazer +1 pro movimento. É assim que acreditamos e assim que
fizemos até agora: conversando com pessoas próximas, explicando que
Marina Silva representa a ética e a mudança que queremos ver acontecendo
no Brasil e no Mundo.
Nós não estamos pautados pelas enormes verbas de publicidade nem pelo uso da
máquina pública. Estamos pautados pela vida cotidiana, onde conversamos
com
nosso amigo de infância, como nossa colega da faculdade, com o primo, a
mãe, avó, o filho. É assim, de um em um, que o movimento se multiplica.
A força do movimento é a força de cada um.
Por isso pedimos algo bem
simples: escolha uma pessoa que mal conhece Marina, na sua casa, escola
ou trabalho, converse com ela sobre Marina e fale sobre o movimento.
Seja +1, trazendo +1.
No decorrer da semana algumas pessoas do movimento passarão mais dicas de como dar conta do desafio. Dicas para orkut, facebook,
twitter, email, telefonemas … começamos já com 2 dicas:
1. Para inspirar, vale a pena que você saiba que na Colombia o candidato
verde começou com 9% das intenções de voto há um mês atrás e hoje está
com 39%, com chance de ganhar no primeiro turno! É a onda verde da
Colombia,
inspirando-nos aqui no Brasil.
Agradecemos o site museu Xopotó com sua equipe animada em colocar a nossa cidade ativa na internet.Veja abaixo: http://cipotaneativa.ning.com/
CIPOTÂNEA MG
O município de Cipotânea está localizada no Brasil no Estado de Minas Gerais. A cidade fica na regiäo da Zona da Mata na microregiäo Viçosa. A 680 metros de altura, a sede municipal está distante de Belo Horizonte 232 quilômetros, pelas rodovias BR-040 e MG-265.
Contextualizando o Xopotópolis
Por volta de 1698 os bandeirantes haviam “descoberto” a regiäo de Itaverava e Piranga. Em 1704, João Siqueira Affonso descobre as minas do Guarapiranga, origem da atual cidade do Piranga. Partem destes dois pontos e nos limites destas duas datas os primeiros exploradores dos vales do Xopotó. Os bandeirantes do Itaverava, em conquista à região do Xopotó, dividiam-se em grupos, para novamente se reunirem em certo e determinado ponto, onde esperavam uns pelos outros e este local ficou conhecido pelo nome de Espera (distrito de Nossa Senhora da Piedade da Boa Esperança, hoje rio Espera. (Atual Rio Espera)
Além da padroeira, tinham ainda estes bandeirantes, como patrono, o Senhor Bom Jesus da Paciência e outros nomes de santos do dia.
Segundo a tradição, os desbravadores, não podendo atravessar o rio Xopotó por causa do seu grande volume d´água, ali permaneceram, lançando as bases de um arraial, ao qual deram o nome de São Caetano – em homenagem ao santo do dia – acrescido do topônimo Xotopó – que quer dizer “rio do cipó amarelo”, uma planta trepadeira encontrada em abundância na região.
E, assim, foram os conquistadores e exploradores que se estabelecendo na zona banhada pelo Xopotó descobre as terras denominadas Embrejaúbas, assim chamadas por serem regadas pelo rio do mesmo nome, afluente do rio Xopotó, o rio Brejaúba.
Foi assim que o alferes Francisco Soares Maciel, chefiando uma bandeira, desce o rio Espera e, na barra deste com o Xopotó, a 7 de agosto de 1711, dia de S. Caetano, lança as bases do arraial de S. Caetano do Xopotó, celebrando a primeira missa o capelão da comitiva, Padre Cabrita chamava-se João Martins Cabrita, mais tarde cônego doutoral da Sé de Mariana, lugar que renunciou pela vigaria colada de Guarapiranga).
Capela construída em homenagem a São Caetano!.
A religião é uma tradição na cidade mineira que mais formou sacerdotes. Desde 1962, nos meses de julho e agosto é comemorado o Jubileu de São Caetano.
A cidade vive da agropecuária e é famosa pela produção artesanal em palha de milho. O trabalhao artesanal com a palha de milho é destaque na regiao.A partir da primeira festa do milho em Cipotânea, podemos ver tal destaque cultural, a carreira e o desfile de carros de bois.Tudo isso tornou-se motivo para festejar.
A Festa do Milho e do Cipotanense Ausente, em julho destacam se com shows e desfile de carros-de-boi, que apresentam as várias regiões do município produtor de milho.
Rainha do milho
Em Cipotânea, também tem a tradição o Encontro de Bandas da Região, Congada e festas juninas.
Ela é uma cidade alegre de gente simples de coraciones hospitaleiros. Um povo criativo e trabalhador, sem falar do destaque das mulheres com artesäs, que já venceram e ainda vencem situaciones dificeis, mas conseguindo fazer da arte com a palha de milho, o seu sustento. Temos que valorizar todas as forzas que movem, por exemplo várias artistas que fazem balaios, peneiras de bambus, bordados, etc.
Sobre a história de Cipotânea tem poucos livros escritos, mas já podemos encontrar fontes de tais pesquisas. A história narrada e contada é por lá ainda muito preservada e cultivada. Vale a pena conhecer a antiga Sao Caetano do Xopotó, atualmente Cipotânea no estado de Minas Gerais no Brasil.
A cidade é cortada e banhada por três rios: o rio Xopotó, o rio Brejaúba e o rio Espera. Poderá também lá encontrar lindas cachoeiras, tais como: cachoeira do Piranguinha, cachoeira da Paciência e outras.
Fonte:Brejauba culturalCipotânea
Outras info vejam algumas indicacoes abaixo, nossa fonte:
Quando era menino lá em Cipotânea eu ouvi uma história de um padre que rogou uma praga na cidade, o tal famoso Pe. Pinto. Diziam que na festa do jubileu da cidade algumas pessoas da cidade riram dele, porque era negro. Foi aí entäo que no sermäo da tarde de domingo ele profetizou que um terremoto cairia sobre a cidade. Entäo foi aí que aconteceu antes do término da missa, núvens escuras se juntaram no céu e de repente uma chuva de vento, trovoadas e relâmpagos desabou uma tempestade com chuva forte e granizo na cidade. Casas, árvores e telhados ficaram todos devastados, até mesmo a igreja teve que projetar outra nova como podemos comprovar. Foi aí que as pessoas passaram a ter respeito pelo tal padre Pinto, para uns ele até virou santo e ele já fez vários milagres. Näo sabemos muito bem onde ele veio falecer, mas acho que seus restos mortais encontra se em Säo Domingos da Mariana, MG. Quem tiver outras informacöes entre em contato e divulga isso. http://cipotaneativa.ning.com/
Olá Pessoal, recebemos aqui fotos da banda de Congada em Cipotânea e estamos realmente motivados para impulsar tal movimento cultural a frente. Na foto poderemos ver que muitos jovens estäo dancando. Por isso mesmo é uma esperanca de näo perdermos a tradicion.
Estamos convocando todos os interessados em ajudar nos neste projeto para entrar em contato conosco, seja enviando fotos, comentários, sugestöes ou atividades concretas.
Como Cipotânea é uma cidade muito religiosa, sugiro também que nas rezas locais convidem a banda para participarem, isso faz parte da cidadania e alegria, claro.
POr isso deixamos aqui nossos agradecimentos ao infonline e a todos os colaboradores e sonhadores desta action.
Meus cumprimentos ao pessoal do Corgo e dos Costas, ao Sr. Zé Benevindo, o Caetano e muitos outros da banda.
Respeitosamente,
A equipe Botoque de Cipó
Vendo os desfiles de carros de bois e rainhas da festa do milho em Cipotanea, tenho que deixar aqui registrado a minha saudade da terra.
Os enfeites e os trabalhos manuais säo feitos pelas professoras e alunos da escola municipal da cidade.
Cada comunidade recebe uma pontuacäo e a merecedora do prêmio.
Todas estas atividades säo feitas com espontaneidade e entusiasmo.
AS pessoas säo criativas e estäo dispostas a vender e demonstrar seus talentos e produtos.
Outras info sobre estas idéias, fotos, blogs e comentários veja no site Cipotaneativa.
Quem é que näo lembra desta antiga venda na ponte do Beto?
Venda na ponte do Beto, rio Xopotó
Eu acho que ela era o caminho de passagem de encontros com o Xopotó em direcäo ou de Barbacena, de Alto rio Doce, ou de Cipotânea ou direcäo de Abreus, Dores do Turvo, Senador Firmino e Ubá na época das tropas. Para mim ela deverá ser tombada como monumento. Verdade! Quantas vezes recordo me que quando voltei de Alto rio Doce para Cipotânea a pé porque tinha perdido o ônibus das seis, entäo a minha maior alegria era passar lá na venda para comprar päos sovados (aqueles que vinham nas sacolas, conservavam duas semanas ou mais, por isso seria mais fácil de ser vendido).
Descendo mais abaixo em direcäo de Cipotânea encontramos o rio mutuka que junta se ao rio Xopotó formando assim mais uma bacia afluente do mesmo.
Agora voltando aqui para o casaräo, recordo me também de ver vários cavaleiros, pequenos agricultores negociadores da regiäo encontram lá para colocar em dia as conversas da rocas, dos bezerros, da política, do “asfalto”, opa esta näo, isso até uma vergonha voltar a falar neste assunto. Queremos mesmo alevantar outras idéias memoriais, porque assim poderemos ser mais fortes. Nesta promessa política já ouvi desde quando era crianca, veja bem mais de 30 anos. entäo… como diz um “bom” mineiro, “deixa quieto”. Afinal, näo queremos blogar com esses maledictos mentidores. Por isso voltemos a Ponte do Beto, ali parece mesmo um lugar místico, acho que seria um boa fundar lá um museu, como assim? um centro de atracäo turistica? Näo, esperamos somente que o local seja derrubado, mas tombado como patrimônio. O negócio irá funcionar como sempre funcionou. quantos de nós näo temos lembrancas ao passar por lá? E quantas vezes já passamos?
Por isso deixo aqui o meu toque de recordaciones que bate na gente como inspiration.
Outras idéias e comentários, simplesmente comente.
Ou veja outras info sobre a idéia de um museu em Cipotânea
Em primeiro lugar estamos contentes por fazer parte desta rede. EStamos motivandos a todos interessados quando forem em Cipotânea para tirar fotos de várias coisas, por exemplo, artesanatos, cestas, rios, flores, igreja, pessoas, ruas, cachoeiras, etc… fica a vontade. o espaco é livre, vamos fazer um local online para matarmos a saudade.
(Atual Rio Espera)
Chopotóando 